Não é segredo que a carreira de professor já não atrai os jovens. Uma pesquisa recém divulgada pela revista Nova Escola, publicada pela Editora Abril, e realizada pela Fundação Victor Civita e Fundação Carlos Chagas revela quais os aspectos que mais afastam os jovens da carreira docente. O levantamento ouviu 1 501 alunos do Ensino Médio de 18 escolas públicas e privadas. Vamos às consclusões:
Motivos pelos quais os jovens repudiam a carreira de professor:
- Baixa remuneração – 40%
- Falta de identificação profissional ou pessoal – 32%
- Desinteresse e desrespeito dos alunos – 17%
- Desvalorização social do professor – 17%
- Más condições de trabalho – 12%
- Outros – 15%
Os números acima revelam uma triste realidade por si mesmo. Mais grave, no entanto, é pensar que as previsões de crescimento econômico para o Brasil para 2010 estão entre 4,6% (segundo o ex-ministro Maílson da Nóbrega) e 6% (segundo Jim O’Neill, economista chefe do banco de investimentos americano Goldman Sachs).
Considerando os próximos cinco anos, fala-se em um crescimento do PIB em torno de 5% ao ano. O que significa que a falta de gente com um diploma debaixo do braço vai se tornar crítica – muito mais do que já é hoje. Em outras palavras, olhando para as conclusões da pesquisa da Fundação Victor Civita e Fundação Carlos Chagas e considerando as previsões para a economia brasileira para os próximos anos fica a pergunta: como vamos aproveitar as oportunidades de crescimento se o setor de Educação não consegue atrair gente nova – e competente? Se não tem professor, não tem profissional qualificado. E sem gente capacitada não tem como desenvolver todo o potencial de crescimento do país. Vamos ver qual a proposta dos candidatos à presidência para essa questão a partir de algumas semanas.